Todas as técnicas de arquitetura, bioarquitetura e materiais que melhoram a performance durante a construção são ações de grande impacto

Atualmente existem inúmeros métodos e processos construtivos e, entre os principais, podemos citar os industrializados a seco, como o LightSteel Frame e Light Wood Frame, além dos sistemas ou subsistemas modulares, pois seus componentes e produção são racionalizados para um nível mínimo de desperdício com grandes índices de reutilização. Podendo ser utilizados em diversas edificações, os componentes são escaláveis e de baixo impacto se comparados aos métodos tradicionais, deixando o sistema com altíssima produtividade e processos controlados com baixo desperdício, leves de se transportar e alta performance acústica e térmica.

Normalmente, as estruturas em LightSteel Frame são utilizadas na parte estrutural, o aço galvanizado, já o WoodFrame, majoritariamente o Pinus autoclavado e nas vedações Chapas Cimentícias e Painéis com isolamento termo/acústico e gesso acartonado nas faces internas. Esses sistemas podem ser estruturais ou entrar como vedações em Edifícios mistos de Estruturas de Concreto/Madeira ou Aço, não tendo limitação com o design arquitetônico, inclusive sendo muito mais fácil fazer formas que se adaptem e incorporem a cultura e formas locais. Por serem sistemas quase prontos de fábrica a montagem no local é muito simples e na maioria das vezes é feita por mão de obra local.

É importante ressaltar que a construção civil é uma das indústrias que mais consomem energia do meio ambiente, entretanto, um dos maiores setores em termos econômicos mundiais, por isso, todas as técnicas de arquitetura, bioarquitetura e materiais que melhoram a performance durante a construção, e principalmente durante o seu uso (bons projetos são projetados para durarem muito além do tempo de garantia), são ações de grande impacto. Exemplificando em termos práticos, poderiam se utilizar ventilação cruzada, sistemas de captação e reuso de água, utilização de sistemas construtivos de baixo desperdícios e leves, materiais de alta performance térmica e acústica, leves e fáceis de transportar e prontos para o uso.

Em relação à custo-benefício, em uma construção, este deveria sempre ser calculado no desenvolvimento do projeto, incluindo bons especialistas e multidisciplinares pois possuem grande vantagem. Em geral, ainda se compara um projeto pelo seu custo no momento de aquisição e a grande massa sempre opta pelo projeto ou material mais barato no momento da compra, mas o grande custo de uma construção é durante seu uso, seus custos de manutenção, de gasto de energia, água, etc, por isso é sempre importante buscar um bom projeto, que incorpore materiais e sistemas de alta performance.

Para Lucas Bonfogo, gerente técnico da Decorlit, empresa pioneira em sistemas construtivos a seco, a bioarquitetura possui grandes pontos que podem ser incorporados a todas as construções e em indústrias no geral, como utilizar os recursos naturais sempre de forma mais racional e evitando desperdícios, procurar fornecedores locais, sempre utilizar e incorporar um bom estudo aos projetos, como tópicos de incidência solar, ventilação natural, preservação dos elementos naturais de fauna e flora da região. Nesses sistemas nem falamos em reaproveitamento de materiais, já que são pensados em módulos para que o desperdício seja abaixo de 0,5%. “É preciso lembrar que a bioarquitetura ainda enfrenta desafios que precisam ser sanados para uma melhor performance, como por exemplo, unir os tópicos atuais à tecnologia e deixá-la viável e sustentável em termos econômicos”, explica Lucas.

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