Apartamento no Leblon com vista privilegiada, voltado para uma área arborizada do Jardim Pernambuco e com o Cristo Redentor ao fundo
Este apartamento de 160m², no Leblon (bairro na zona sul do Rio de Janeiro), estava alugado para um cônsul da Noruega quando a proprietária decidiu vendê-lo. Logo na primeira visita, um casal recém-casado (ela, na faixa dos 60 anos, juíza, sem filhos; ele, 66 anos, advogado, com 4 filhos de outro casamento) se encantou pela localização e vista privilegiada do imóvel, voltado para uma área arborizada do Jardim Pernambuco, com o Cristo Redentor ao fundo. Como ambos estavam recém-separados e apaixonados, assim que fecharam a compra, logo encomendaram aos arquitetos Joana Bronze e Pedro Axiotis, do escritório Fato Estúdio, um projeto de reforma total do que seria o primeiro lar deles juntos, reunindo no mesmo espaço o acervo de ambos. “Eles pediram uma sala ampla e integrada, um escritório com a opção de receber hóspede, uma suíte master com bastante espaço e tudo integrado, além de uma cozinha independente”, conta Pedro. “Desde o início, os dois deixaram bem claro que queriam estar juntos o tempo todo quando estivessem em casa”, acrescenta a sócia Joana.
Para tirar o máximo de partido da vista privilegiada do Leblon e trazê-la para dentro do apartamento, os arquitetos integraram a antiga varanda com a sala. Na área íntima, eles uniram dois quartos para criar uma suíte master bem maior solicitada pelos clientes, com direito a closet walk-in e banheiro integrado ao dormitório. Por fim, o terceiro quarto foi transformado em um escritório que também pode acomodar visitas.
Na decoração, que segue um estilo moderno atemporal, os arquitetos apostaram em uma base neutra tanto para manter o protagonismo da paisagem externa como para destacar os mobiliários modernistas que os clientes já tinham. “Eles são grandes admiradores do design brasileiro e já possuíam muitas peças originais arrematadas em leilão”, revela Pedro. Em se tratando de materiais de acabamento, foram usados apenas três tipos em todo o projeto: mármore travertino no piso, madeira nogueira na marcenaria (num tom semelhante às peças do acervo) e paredes brancas.
Entre as peças de acervo dos clientes que foram aproveitadas na área social, os arquitetos destacam os móveis de Sergio Rodrigues (como a poltrona Mole, a mesa de centro Arimello, o banco Mucki e as poltronas Oscar e Kilin) e alguns quadros de artistas consagrados, como Luiz Aquila, Picasso e Burle Marx. Já a seleção de peças novas é uma mescla de mobiliários também modernos, como a mesa de centro Pétala (de Jorge Zaslzupin) com criações de designers contemporâneos, a exemplo do sofá Box, criação do premiadíssimo Jader Almeida que tem um design simples, leve e, ao mesmo tempo, sofisticado.
“Nosso maior desafio neste trabalho foi descobrir pilares e colunas durante a obra, que nos obrigaram a fazer alguns ajustes no projeto. Felizmente, no final deu tudo certo e os clientes adoraram o resultado”, finaliza Joana.
Fato Estúdio – @fatoestudio