Arquitetas Flávia Campos e Sandra Paes transformam apartamento de 56m² na Vila Madalena em espaço funcional e estiloso

Um espaço com a “sua cara”, dotado de facilidades e próximo a locais descolados para sair eram as pedidas de uma jovem de 26 anos para o primeiro apartamento, de 56 m², na Vila Madalena, capital paulista, com projeto assinado em parceria entre a arquiteta Flávia Campos e a designer de interiores Sandra Paes do Estúdio Integra. “Vivendo praticamente sozinha na casa dos pais que se dividem entre Brasil e exterior, a moradora, que possui bastante autonomia financeira, decidiu ter o próprio lar”, contam as profissionais.

Sobre a base neutra, formada por preto, branco, cinza e MDF amadeirado com acabamento Pau Ferro, o uso pontual de cores vibrantes responde por alegria e jovialidade, com ênfase nas paletas de azuis e terrosos.

Para alguém que estava habituada a morar em uma enorme residência, a fluidez foi o ponto de partida no desenvolvimento do projeto, com vistas no conforto da circulação. O maior desafio foi trazer a amplitude necessária para a cliente não se sentir sufocada, dada a compacta metragem. Assim, uma inteligente marcenaria branca foi desenvolvida para abrigar toda a área do lavabo, com porta mimetizada, e os armários que atendem como dispensa, louçaria e adega.

“Visualmente, tudo parece um painel, mas cada parte das emendas esconde uma porta. Apenas a adega ficou à mostra, para dar uma graça”, assinala a profissional. Com quatro postos, a mesa de refeições foi estrategicamente encaixada no volume branco. Todo esse combo de resoluções garantiu o desbloqueio visual entre sala e cozinha, além da otimização de espaços.

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Receber amigos também figurava como prioridade da anfitriã, então, a maior quantidade de assentos possível foi inserida na ambientação, entre sofá, poltrona lateral e banquetas. Estas últimas estão acomodadas sob o aparador que compõe a ala do televisor, estendendo-se até a varanda integrada ao estar. Abaixo dele, o rack organiza os aparatos eletrônicos. Por fim, prateleiras aéreas, com iluminação na parte inferior, circulam por quase todos os ambientes, acomodando livros, adornos e plantas.

Com excesso de vestuário, a moradora precisava de um guarda-roupas bem grande e, para isso, foi preciso unir os dois quartos existentes, camuflando a janela de um deles justamente atrás do móvel, confeccionado em formato de “U”. A fim de evitar escurecer o dormitório, a parte do guarda-roupas oposta à janela remanescente recebeu portas integralmente espelhadas. “É uma solução para refletir a luz natural proveniente da janela, trazendo mais conforto”, contextualiza. A eliminação do corredor íntimo permitiu a ampliação do banheiro e consequente criação de uma bancada em “L”.

Flávia Campos – @flaviacampos.arq
Sandra Paes – @ei.estudiointegra