Turismo e Gastronomia - Bibi Sucos renova o visual com decoração New Wave

Famosa pelos sucos e pratos saudáveis, rede carioca expande a autoralidade com o BIBI Lab, emoldurado projeto que celebra a indústria cultural

Com 30 anos de estrada, o Bibi Sucos permanece à frente da gastronomia saudável do Rio, investindo em novos empreendimentos e apostando na cozinha emocional com encantamento visual do Bibi Lab, incubadora de criações gastronômicas do chef executivo Pedro Guimarães, sob a batuta do sócio idealizador da rede, Sergio Rodrigues. A proposta é simples, mas eficaz: oferecer à cidade sugestões de refeições que vão do café da manhã ao jantar, antenadas com as novas vertentes da gastronomia e amparadas por projeto de visual merchandising a cargo da Scena Lúdica Style Design, focando no instagramável.

Sergio Rodrigues faz uma decupagem da ideia: “A gente percebeu que havia espaço para destacar nossa gastronomia através de uma apetitosa embalagem arquitetônica, potencializada por uma cenografia de impacto. O Bibi Lab proporciona esse encantamento de parque temático que combina com a ‘comfort food’ experimental“.

O resultado ficou inovador: a casa embala sua gastronomia na atmosfera urbana de um american dinner com levada artsy, sem abrir mão das referências praianas que reforçam o life-style carioca que define o Bibi, temperado por esporte, mar e música.

Os grafites da dupla Alma Salgada nas paredes e os sofás da casa, com pinceladas e borrifos de tinta no estilo do pintor Jackson Pollock (1912-1956), são ponto de partida para a profusão de elementos: samambaias penduradas na estrutura aérea; um jardim vertical que envolve um neon; jardineiras que estilizam a vegetação de restinga típica da orla carioca; um vendedor de mate da praia na fachada; e a fileira de shapes de skate que ocupa uma testeira. Por fim, as colagens de pôsteres na pegada dos murais de lambe-lambes dos shows de rock dos anos oitenta, vistos nos tapumes da cidade.

Tudo isso amplifica a sensação de revival do estilo New Wave nesse cardápio que inclui Bowie, Madonna, Tim Maia, The Smiths, James Brown, Martinho da Vila e Keith Richards, contracenando com os lutadores Mike Tyson e Evander Holyfield, sucessos das telas tipo “Sin City” (2005) e cartoons como Bob Esponja, Scooby Doo e Coragem, o Cão Covarde, num caleidoscópio da indústria cultural.

Para fechar, uma prateleira que se estende por todo o salão faz a alegria dos nerds, resumindo o melhor da cultura pop, de bonequinhos de “Star Wars”, Rock Balboa e Rolling Stones a caixotes de frutas, placas de sinalização de balneário; do cartaz japonês de “Kill Bill” (2002) aos de eventos de surfe, além de skate da Hang Teng, caveira mexicana, elementos náuticos, totens polinésios no espírito kitsch-retrô tiki e até um capacete de guerra inspirado no pôster de “Nascido para matar” (1987), clássico de Stanley Kubrick. Verborragia visual que resume o potente repertório sinestésico da casa.