Reforma traz luz natural e integração de espaços para uma casa francesa contemporânea e funcional
No sul da França, em Montelimár, região da Provence, essa casa de 250 m² foi reformada pela arquiteta Viviane Cunha para um casal franco-brasileiro e seus dois filhos adolescentes. A esposa, uma advogada francesa, e o marido, um médico brasileiro, ambos com cerca de 45 anos, queriam um lar para receber amigos e familiares e que abrigasse peças trazidas de viagens.
O design da casa foi planejado para integrar a arquitetura provençal tradicional com as necessidades modernas da família. O objetivo da reforma foi trazer mais luz natural para os ambientes e integrá-los, dando uma sensação maior de fluidez.
“Eles queriam uma casa aberta para o jardim, com áreas sociais amplas e bem iluminadas,” conta Viviane. “Eu os ajudei desde a escolha de um imóvel que tivesse muito do que eles desejavam”, completa.
As mudanças começaram pela substituição dos pisos escuros e pesados. No andar de baixo, foram instaladas grandes placas de cerâmica fosca em tom de cimento queimado, enquanto o andar superior recebeu um laminado de qualidade superior, semelhante à madeira clara, para combinar com o teto. Essa troca de pisos foi fundamental para dar uma sensação de continuidade entre os ambientes.
Originalmente, o andar superior da casa possuía alguns quartos, um grande banheiro e um acesso ruim ao sótão, localizado acima de poucos degraus. “Decidimos manter o banheiro para os três quartos, remover o mobiliário fixo do corredor para criar uma circulação ampla e agradável, e abrir o sótão ao máximo. Criamos janelas que antes não existiam para trazer mais luz natural para essa área,” explica Viviane. O sótão foi transformado em uma sala íntima com TV, sofá-cama e armários, tornando-se um local multifuncional onde os filhos podem estudar, relaxar e socializar.
No andar de baixo, foram removidas portas e paredes entre o hall de entrada, a sala de estar e jantar, e a abertura de vãos para o exterior onde era possível.
“Eles são uma família muito unida, não fica cada um fechado num quarto, isolado. O que mais gosto neste trabalho é perceber modos de viver e hábitos rotineiros, para propor soluções que atendam aos moradores”, finaliza arquiteta.
Viviane Cunha – @vivianecunhaarquitetura