Mostras, Feiras e Eventos - “Corpo & Morada” é o tema da CASACOR São Paulo 2023

Seguindo o tema ‘Corpo & Morada’, a mostra traz 73 ambientes que fazem referência às relações com a pele em que habitamos

A CASACOR São Paulo chega à sua 36ª edição no próximo dia 30 de maio e acontece em um dos mais importantes marcos arquitetônicos da cidade, o Conjunto Nacional. Seguindo o tema ‘Corpo & Morada’, a mostra traz 73 ambientes que fazem referência às relações com a pele em que habitamos, além daquela do corpo, ou seja, nossa relação mais profunda com a casa, com a cidade, com a mente e com o planeta.

Nessa edição, destacamos a participação de três profissionais e escritórios que são referências no mercado de arquitetura, design e decoração. Considerada uma das “pratas da casa” pela curadoria da CASACOR São Paulo, a arquiteta Ticiane Lima também participa da mostra com o projeto Loft (IN)Terno, com mobiliários personalizados da Evviva Moema em um espaço que permite momentos de contemplação e sensações leves que elevam a paz em um encontro consigo mesmo. Os 147m² distribuídos em sala, quarto, cozinha, banheiro e jardim, são um convite a uma reflexão interna na busca pelo bem-estar e tranquilidade. Seu nome, (IN)Terno, vem de ternura, afetividade e delicadeza, que permite vivenciar várias formas de emoções e sentimentos, além de enaltecer o espírito de paz. O espaço também faz referência à música “Silencia” da cantora e instrumentista brasileira, Ceumar Coelho, que inspira cada emoção vivida – O que esse silêncio tem a dizer, fico sozinho, fico calado, pra perceber… O que esse silêncio tem a dizer…”. (Fotos Denilson Machado)

Já a SUÍTE Arquitetos, dos sócios Carolina Mauro, Daniela Frugiuele e Filipe Troncon, apesentam a Casa Kraftizen Cosentino, espaço proprietário da multinacional líder na produção e distribuição de superfícies inovadoras e sustentáveis para o mundo da arquitetura e do design. A criação do ambiente de 200m² partiu do princípio das moradias mais vernáculas brasileiras, construídas em taipa, que trazem as marcas da permanência em suas paredes. Com um layout fluído, o projeto é guiado por uma paleta de cores que privilegia os tons claros e orgânicos, que estão presentes também nos mobiliários que foram desenvolvidos pelos arquitetos, exclusivamente, para essa edição.

“As casas são testemunhas silenciosas do tempo que passa, guardiãs de histórias que se acumulam ao longo dos anos. Como uma tela em branco, elas são preenchidas com as marcas da vida, as cicatrizes que o tempo e das tantas ‘moradas’ deixaram em suas superfícies”, explicam Carolina, Daniela e Filipe. “Queremos que as pessoas olhem para esse projeto e consigam perceber e sentir as histórias e as memórias da nossa casa e até refletir sobre as suas próprias casas”, completam. (Fotos Denilson Machado)

Guilherme Torres, assina a instalação Percursus que explora a correlação entre o trabalho da artista plástica Regina Silveira e do próprio arquiteto. Um grande cubo branco de 158m² oferece suporte para o site specific “Derrapagens”, onde marcas de pneumáticas de distintos veículos recriam a presença do trânsito de uma cidade em constante movimento. Os limites entre corpo e morada são desafiados através de elementos ausentes e perspectivas inusitadas, que são um ponto de convergência no tanto no trabalho de Regina quanto de Guilherme, que cita: “uma casa não deve aconchegar, deve provocar”. (Fotos Evelyn Muller)