Apê comprado quando o prédio ainda estava em construção ganha nova planta e décor minimalista, em tons de branco, cinza e preto
O casal Cristiano Nascimento (advogado, fotografado no sofá da sala com seu yorkshire terrier Tin) e Daniela, ambos na faixa dos 40 anos, comprou este apartamento de 150m², em Belo Horizonte (MG), na planta da construtora e, antes de receber as chaves, procurou o arquiteto Júnior Piacesi, do escritório Piacesi Arquitetura, para adaptá-la às suas necessidades. “Iniciamos a concepção do projeto realizando estudos de layout para integrar os ambientes e facilitar o dia-a-dia do casal, considerando não só os hábitos como também as preferências estéticas dos dois, que apreciam arte e o modernismo brasileiro”, conta Piacesi. “As alterações na planta original foram feitas enquanto o edifício estava sendo construído. Demolimos um depósito, as paredes que separavam a cozinha da salae uma suíte com banheiro compartilhado”, acrescenta ele.
De acordo com o arquiteto, entre os pedidos que os clientes fizeram para o novo lar, o mais importante era contar com um espaço onde pudessem receber confortavelmente seus convidados. Para isso, o escritório projetou uma cozinha de 16m², com uma “península” de cocção voltada para a sala, que também serve como bancada de apoio para refeições e drinques. Além disso, a cozinha ganhou três portas de correr que permitem isolá-la da sala, quando necessário. “No geral, nosso objetivo foi integrar os ambientes de maneira leve e clean, criando uma atmosfera minimalista, reforçada pelo uso de mármore branco no piso e placas cimentícias nas paredes da sala com 12 metros lineares, além de marcenarias com acabamento predominantemente branco”, informa o arquiteto.
A decoração aposta em tecidos e texturas que trazem, ao mesmo tempo, aconchego e atemporalidade. Os móveis, em sua maioria novos, refletem a elegância dos clientes e a predileção deles pelo design brasileiro assinado (sendo alguns clássicos do período modernista e outros contemporâneos da safra atual), com destaque para a mesa de jantar Pétala de Jader Almeida, as cadeiras Tião e a poltrona Renata de Sergio Rodrigues, as banquetas de bar Gávea de Jorge Zalszupin e a poltrona Arbatax (no quarto) de Fernando Mendes. As obras de arte – em especial, as esculturas do artista José Bento – já faziam parte do acervo dos moradores e foram aproveitadas para enriquecer a arquitetura e conferir ainda mais identidade ao projeto. “A iluminação, simples e pontual, é um capítulo à parte. Ela foi projetada para cumprir sua função de maneira discreta no todo e garantir o protagonismo do mobiliário”, revela Piacesi.
“Nosso maior desafio neste trabalho foi alterar a planta proposta da construtora quando o edifício ainda estava sendo construído. Este processo precisa ser bem alinhado entre arquitetura, engenharia, fornecedores e clientes para dar certo no final. Felizmente, foi o nosso caso”, conclui o arquiteto Júnior Piacesi.
Piacesi Arquitetura – @piacesiarquitetura