“O que os olhos alcançam” conta com cerca de 180 imagens do acervo e traça um amplo panorama da trajetória do fotógrafo que atua há 50 anos
A exposição está organizada em diferentes núcleos que criam uma espacialização sem ordem cronológica, mas quando articulados dão a exata dimensão de sua obra. As configurações estéticas de suas fotografias são resultado de sua busca para dar visibilidade aos pequenos atos ordinários de luz e movimento dos passeantes nos espaços públicos.
Há em suas imagens certa trama conceitual que nem sempre é perceptível, levando o observador a estabelecer relações com as forças históricas, políticas e culturais. Mascaro teve como referências no início de sua carreira os trabalhos dos fotógrafos Henri Cartier-Bresson, Robert Frank, a coleção da revista Life, o poeta André Breton, entre outros. Com Breton, compartilha a proposição “a rua é o único campo legítimo de experiência”, relativizando a afirmação, nota-se que Mascaro procura no seu caminhar por ruas, becos e praças das diferentes cidades onde passou o momento exato de fotografar algo inusitado, bem ao estilo “o que os olhos alcançam”!
Além das fotografias, a exposição conta com vitrines em que são exibidos documentos originais (em sua maioria), que trazem evidências das relações afetivas e profissionais que Cristiano Mascaro vem mantendo ao longo de toda sua jornada. Cartas e bilhetes (como de Antonio Candido, Paulo Mendes da Rocha, Thomaz Farkas, Richard Serra, Lew Parrella, entre outros), além de catálogos, livros, capas de revistas, cartazes, convites de exposições, anotações, cópias vintage e retratos com amigos.
Para saber mais sobre a exposição “O que os olhos alcançam”, acesse: www.sescsp.org.br/programacao