Expressão abstrata Inspirada pela curiosidade de menina pelos objetos, fatos históricos, contos sobre pessoas e viagens pelo mundo

Nascida em Sorocaba, formada em arquitetura e urbanismo pela Fundação Armando Alvares Penteado, Júlia Stecca tem a tinta e a tela como parte principal de seu trabalho. O conjunto de imagens que traz na memória, o gosto pela pintura e o incentivo dos pais e amigos foram fundamentais para o nascimento da artista. Seus trabalhos retratam a arte contemporânea brasileira que, junto a sua experiência de vida, expressam o jeito que a artista enxerga as artes e o mundo.

Assim como outros estudantes, durante a faculdade de arquitetura, Júlia tinha dúvidas sobre qual profissão queria seguir, pois a arte sempre foi a sua vocação. “Na faculdade acabei me apaixonando pela arquitetura, mas sempre ficava na dúvida sobre qual caminho seguir, se artes plásticas ou engenharia. Hoje eu sou muito grata por ser arquiteta e urbanista, pois encontrei um equilíbrio entre as profissões e acredito que a minha formação me completa e auxilia como artista plástica”, explica.

Durante toda a sua vida, a jovem foi influenciada por artistas que fizeram parte da sua formação. “Quando criança tive aulas de arte com a prima da minha mãe, a artista plástica Lúcia Castanho. Mais tarde, fiz aulas de artes extracurriculares no ateliê da artista plástica e professora Elza Tortello. O contato mais recente foi através do meu grande amigo e também parceiro, o artista Fernando Araújo, que foi quem me deu segurança e me fez acreditar na minha arte”, comenta Júlia.

Sobre os artistas que inspiram seu trabalho, destaca que sempre teve admiração pelo expressionismo abstrato de Jackson Pollock, pintor norte-americano, que enfatiza a expressão pessoal espontânea e que desenvolveu a técnica do gotejamento, feita com rápidos respingos sobre a tela, assim como a artista gosta de reproduzir em alguns trabalhos.

Questionada sobre como se dá o seu processo criativo, Júlia conta que precisa estar descansada antes do trabalho, pois fica andando em volta da tela, nunca faz nada sob pressão e gosta de ouvir música enquanto cria.

Questionada sobre como se dá o seu processo criativo, Júlia conta que precisa estar descansada antes do trabalho, pois fica andando em volta da tela, nunca faz nada sob pressão e gosta de ouvir música enquanto cria. “Nunca sabemos onde vamos chegar, quando vai ficar pronta e como vai ficar quando secar; como a minha arte é completamente abstrata, não há como ter controle de nada do que acontece no meio da tela, ela simplesmente vai surgindo; sem perceber o tempo passar, e absolutamente tudo o que acontece ao meu redor, seja como está o tempo, se chove, ou se faz sol, se é dia ou se é noite, frio ou calor; sejam as batidas das músicas, que eu costumo escutar nos mais variados estilos; e principalmente o que se passa dentro de mim, interfere profundamente nos meus trabalhos.”, conta.

Hoje a artista mantém o foco em aumentar o seu acervo, pois acredita que em a cada nova tela existe um novo aprendizado, com isso, novas dúvidas que podem ajuda-la a traçar uma nova trajetória na arte e aprofundar ainda mais o seu autoconhecimento.

Além disso, Júlia pretende realizar uma exposição solo programada para o próximo ano (2019).

www.juliastecca.com