Arquitetos do PB Arquitetura orientam sobre escolha e estrutura de eletrodomésticos em cozinhas de diferentes tamanhos e estilos
Considerada como um luxo em tempos passados, a lava-louças é uma queridinha por sua praticidade e sustentabilidade na cozinha.
Enquanto muitos a consideram como uma praticidade que resolve a vida com eficiência, outros se questionam sobre a real necessidade de utilização e o custo benefício de ter uma lava-louças. Entre os adeptos e aqueles que continuam lavando as louças do modo tradicional, a pergunta é: será que vale a pena ter uma? Para os arquitetos Priscila e Bernardo Tressino, à frente do escritório PB Arquitetura, a resposta é sim!
A afirmação leva em conta o grande potencial em automação, sustentabilidade, conveniência e eficiência, além da facilidade de integração nos projetos. “Encontramos uma diversidade de opções para todos os gostos, além de materiais, formas e funções. Quando bem escolhidas, as máquinas se tornam parte do décor e facilitam muito a rotina doméstica”, explica a dupla de profissionais.
Necessidade Vs. Luxo
Em um comparativo, utilizar o método trivial é uma atividade simples, embora trabalhosa, que não requer nenhum investimento significativo. Entretanto, para muitas famílias, principalmente as que possuem uma vida agitada e tempo escasso em casa, a demanda por eletrodomésticos práticos é maior, sendo um verdadeiro diferencial a aquisição de uma lava-louças.
As máquinas de lavar louça realizam a higienização de forma rápida e eficiente, poupando tempo e esforço dos usuários.
A arquiteta Priscila Tressino ressalta que o modo convencional nem sempre é o mais vantajoso, pois é subestimado o tempo e dedicação envolvidos na lavagem. Por isso, a arquiteta lista as principais vantagens para considerá-la um eletro importante para a cozinha:
· Conveniência: Ela elimina a necessidade de lidar com água suja e detergente, tornando o processo mais simples e higiênico. Além disso, muitos modelos oferecem uma variedade de programas de lavagem que podem ser ajustados de acordo com o tipo de louça e a volume de resíduos;
· Economia e aproveitamento do tempo: Com a ajuda de uma máquina de lavar-louça, os moradores podem dedicar seu tempo para outras atividades mais significativas e produtivas;
· Qualidade de vida: A lavagem convencional é cansativa e estressante, especialmente após um longo dia de trabalho. Com uma máquina de lavar louça, os usuários reduzem a fadiga física e mental de uma vida repleta de afazeres;
· Organização e praticidade na cozinha: Depois de uma refeição, basta inserir os itens dentro do equipamento, deixando a cozinha limpa e organizada. Isso facilita o fluxo de trabalho e cria um ambiente mais funcional;
· Proteção dos utensílios: A lavagem manual é repetitiva e danifica os utensílios ao longo do tempo ou o desgaste prematuro. Com o eletro, os itens são tratados com mais delicadeza e cuidado, prolongando a vida útil e a preservação da qualidade.
A paz de retirar as louças higienizadas para apenas guardá-las nos armários
A profissional ainda esclarece que, embora pareça contraditório, as máquinas de lavar-louça promovem economia de água em comparação com a lavagem manual. “Os novos modelos são projetados para usar uma quantidade determinada do recurso hídrico para cada ciclo, enquanto uma pessoa pode usar muito mais na gestão da torneira aberta. Sem dúvidas, é um ato de cooperação com a sustentabilidade, pois evita-se o desperdício”, diz Priscila.
Desafios comuns
Os arquitetos Priscila e Bernardo Tressino ressaltam que apesar do custo inicial ser alto, é importante considerar os benefícios a longo prazo em termos de economia de tempo e energia
Dentre as adversidades, Bernardo Tressino destaca a etapa da instalação. “Para os projetos, realizamos intervenções de hidráulica, elétrica, revestimento ou pintura, além da adequação da marcenaria onde será instalada”, detalha. Outra dificuldade está na limitação de espaço, pois mesmo com infraestrutura preparada, o morador pode não encontrar um modelo compatível com a sua cozinha.
“É preciso compatibilizar o espaço útil aos serviços oferecidos pela máquina. Ou seja, levamos em conta quantas pessoas serão atendidas para todas as refeições, incluindo o volume de panelas”, explica o arquiteto. Ainda sobre as cozinhas pequenas, a decisão por modelos mais compactos e a marcenaria inteligente auxiliam a otimizar a presença da lava-louça.
Integração no décor
É possível tratar a máquina de lavar louça como ponto focal na cozinha, destacando-a com uma iluminação decorativa ou incorporando uma bancada criativa que a envolva.
Para o eletro não destoar do projeto, é interessante que ele se complementa ao estilo com os materiais presentes na cozinha, como armários, bancadas e revestimentos, combinando cores e acabamentos
Em geral, a lava-louças está sempre próxima à cuba
No layout da cozinha, o posicionamento da lavadora deve ser aquele que não interfira no fluxo de trabalho, mas que seja facilmente acessível ao morador. Em geral, a arquiteta Priscila ressalta que a incorporação na marcenaria da cozinha torna o eletro mais discreto. A ideia, conforme ela enfatiza, é ter um design limpo e coeso. “A sofisticação também está em ter uma cozinha com um lugar destinado a cada item”, avalia.
Em cozinhas com estética definida, como o caso dessa marcenaria clássica, a dupla de arquitetos Priscila e Bernardo Tressino recomenda a aquisição de máquinas com linhas mais limpas e simples. O objetivo é que elas não tirem a atenção dos elementos que realmente importam no projeto.
Por fim, o arquiteto chama a relevância de um projeto luminotécnico eficiente para facilitar a visualização das peças que serão carregadas na máquina e a operação do equipamento. “Vale, inclusive, considerar fitas de LED embutidas no seu entorno”, indica Bernardo.
PB Arquitetura | @pbarquiteturaoficial