Um projeto que nasceu consciente na busca de um menor impacto nas soluções adotadas e nos materiais escolhidos, refletindo o pensamento da marca Rizoma
Rizoma é uma marca com o objetivo de produzir alimentos em larga escala em sistemas agropecuários que regenerem o solo. Os clientes queriam um escritório que fosse contemporâneo, descolado e jovial, pontos em comum com a marca e uma estética que refletisse a filosofia da empresa.
A escolha do Edifício Corujas, que possui ampla área verde e tem a proposta de uma integração mais espontânea e natural com a cidade, já foi um primeiro passo para a conceitualização da empresa de 240m². O conjunto possui em sua arquitetura grandes caixilhos de vidros em todo o seu perímetro, permitindo um contato visual com todo entorno. O Projeto de interiores nasceu de uma intenção de valorizar a força arquitetônica do conjunto, como a laje de concreto.
“Urban Jungle” foi o ponto de partida para o desenvolvimento deste projeto. O layout foi feito de modo a permitir a presença das plantas, integrando o paisagismo com as árvores do entorno e levou em consideração a incidência solar do conjunto para a escolha do local de cada uma delas. Um sistema de irrigação automática permite a manutenção das plantas sempre saudáveis.
Tubulações aparentes de toda a elétrica minimizam o impacto da reforma, gerando menos entulho e dispensado o uso de forro, o que valoriza a laje de concreto do conjunto, premissa do projeto. Nas poucas paredes existentes foi aplicado tecnocimento como uma continuação do piso, que é no mesmo material. A ideia de manter uma mesma tonalidade em piso, parede e teto, é um modo de valorizar a presença das plantas. A cor das tubulações aparentes em verde água cria uma delicadeza e um desenho neste conjunto de “concreto”.
O projeto luminotécnico visa uma melhor eficiência de resultado com luminárias funcionais em cima das mesas, criando uma luz de trabalho localizada e uma luz de destaque com os projetores cênicos voltados para o paisagismo, que permite também uma luz muito localizada, a fim de que os vidros não virem espelhos, mesmo com as luzes acessas.
A escolha de madeira nos móveis foi determinante para trazer aconchego e naturalidade ao projeto. O mobiliário foi todo desenhado pelo escritório Memola Estudio e o arquiteto Vitor Penha e a madeira usada é o compensado naval, uma madeira ecológica sem revestimento, apenas com um tratamento de verniz para sua melhor manutenção e preservação. O design com pequenos furos de tamanhos diferentes cria um estilo próprio, permite uma boa ventilação interna e evita uso de puxadores.
Memola Estúdio – www.memolaestudio.com – @memola.estudio
Vitor Penha – @penha.vitor
